sábado, 3 de dezembro de 2011

Onde estão os "Andrés" dos nossos dias?


Quando estudamos a vida de André, discípulo de Jesus, percebemos que não há muito destaque sobre o que ele fez, como Pedro, João, Tiago, e os demais discípulos. Ele não tinha muitos dons visíveis e aparentes, sendo assim quase não temos muitas informações sobre sua vida e seu ministério. Porém, quando observamos os poucos relatos descritos na Bíblia, sobre sua vida, descobrimos que André estava sempre levando pessoas a Jesus. Ele estava sempre preocupado com as necessidades das pessoas e as apresentava a Jesus.

O primeiro texto na Bíblia que encontramos relatando sobre o discípulo André está em João 1.40, onde lemos que, ANDRÉ TEVE UM ENCONTRO COM JESUS. Podemos chamar este momento de conversão. André passou por uma transformação total em sua vida. Este é o primeiro passo de quem deseja ser usado por Deus. Não há possibilidade de sermos envolvidos com a evangelização, se não tivermos um encontro pessoal com Deus. Não podemos ser usados por Deus, senão passarmos primeiro pela conversão. 

O próximo passo de André foi tornar-se DISCÍPULO DE CRISTO (Mateus 4.18,19). Ser discípulo é diferente de ter um encontro com Deus. Ser discípulo é querer tornar-se como seu Mestre. Ser discípulo de Jesus é viver como Ele viveu. É andar como Ele andou. É possuir as mesmas características de Jesus. Isto é um processo de crescimento espiritual, que nós vamos adquirindo à medida, que andamos com o nosso Mestre. André almejava isso, ele queria ser como Jesus, sendo assim ele tornou-se um discípulo de Cristo. Creio que isso é uma grande lição para nós. Muitas pessoas têm um encontro com Jesus, mas não cresce na intimidade com Ele. Creio que nosso processo de santificação se volta para o fato de desejarmos tornarmos como nosso Mestre, sendo assim seguimos para o alvo de parecermos cada dia mais com nosso Mestre, Jesus.   

Depois de se tornar discípulo de Cristo, a vida de André se resume a LEVAR PESSOAS À JESUS:

Primeiro encontramos na Bíblia, André apresentando seu próprio irmão à Jesus (João 1.41,42). É interessante notarmos que seu irmão era Pedro, que mais tarde veio a ser um discípulo de destaque. Quando olhamos o brilhante ministério de Pedro, muitas vezes nos esquecemos de quem apresentou Jesus a Pedro. André depois de sua conversão, teve um desejo de levar seus familiares a Jesus. Creio que esta deveria ser nossa preocupação hoje. Muitas vezes queremos evangelizar as nações e esquecemos dos nossos familiares que estão se perdendo sem Cristo. 

Em um outro momento, encontramos André levando o jovem até Jesus com os 5 pães e 2 peixinhos para a multiplicação (João 6.1-15). Por várias vezes lemos este texto e ficamos maravilhados apenas com o milagre de Jesus, mas quando observamos quem achou o jovem com os peixes e os pães na multidão, descobrimos que foi André. Creio que isto merece destaque porque enquanto os discípulos estavam ao redor de Jesus, preocupados como dariam de comer ao povo, André estava no meio da multidão. André estava sensível as necessidades das pessoas. Estar no meio da multidão é compartilhar do mesmo sofrimento. É viver como as pessoas ao nosso redor vivem e dar a resposta à suas ansiedades. Será que nós como Igreja, temos estado no meio da multidão. Temos sentido suas dores e suas ansiedades ou estamos nos fechando em um “mundo evangélico” despreocupados com as pessoas que ainda não conhecem a Jesus.    

André também apresenta estrangeiros a Jesus (João 12.20-22). Enquanto os discípulos mostravam um preconceito com os gentios, André fazia com que eles conhecessem a Jesus. É impressionante como aprendemos com este discípulo. A preocupação diária dele era fazer com que as pessoas pudessem ter um encontro com Jesus, independente de raça, tribo ou nação. Ele não se preocupava com os costumes, as diferentes culturas, as restrições dos povos. O importante para ele, era que todos pudessem conhecer a Jesus de fato. Talvez esta seja umas das mais importantes lições para nós hoje. Como é difícil pensarmos que temos a responsabilidade de evangelizarmos o nosso inimigo. É mais satisfatório para nós, que eles se percam. Porém, André não pensava assim, muito pelo contrário, ele estava levando os estrangeiros a conhecerem a Jesus.

Nos poucos relatos sobre a vida de André, aprendemos sobre a necessidade de levar pessoas ao encontro de Jesus. Esta é uma real necessidade na igreja dos nossos dias. Uma estatística recente, nos informa que 95% dos crentes nunca levaram alguém até Jesus. Isto significa que apenas 5% dos cristãos estão envolvidos na evangelização. Vamos mudar esta realidade, seja um André hoje - preocupado com as almas perdidas. 

Algumas orientações práticas: 1) Faça hoje mesmo uma lista com o nome de 10 pessoas que você deseja que elas venham a conhecer Jesus. Olhe ao seu redor. Seu campo  de  missões  é  o  lugar  onde  você vive, trabalha ou estuda. 2) Comece a orar por elas. A oração muda às pessoas. Ore diariamente em favor dessas dez pessoas e também por você próprio. Peça a Deus oportunidades espontâneas de levar-lhes o amor de Deus. 3) Procure maneiras de fazer amizade com elas e ganhar sua confiança.  Um simples convite para um jantar ou para um passeio pode eliminar barreiras e abrir o caminho para Cristo. 4) Cuide das que se decidirem por Cristo. Mais que nunca elas vão precisar do seu apoio. Aquelas que não se converterem poderão ser alcançadas mais tarde.  Por isso, continue a cultivar-lhes a amizade e orar por elas. 5) Coloque a lista com os nomes em sua Bíblia como lembrança diária de seu compromisso de oração.

Devemos seguir o exemplo de André, que apesar de aparecer bem pouco nos relatos dos evangelhos, se destaca por sua real preocupação, de que as pessoas tivessem a oportunidade de conhecer a Jesus de verdade.

Rev. Osni Ferreira é missionário presbiteriano (APMT) no Oriente Médio.
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