segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Igreja evangélica promove campeonato de MMA dentro do templo


A Igreja Apostólica Vida Nova da Mooca, São Paulo, realizou no dia 25 de janeiro o Primeiro MMA Power Fight, uma competição de lutas que aconteceu no templo da igreja que recebeu um octógono e centenas de pessoas que presenciaram 12 lutas que tinham como objetivo “lutar por vidas”.

Foram 10 competições de MMA, uma de Submission e outra de Jiu Jitsu que tiveram como trilha sonora canções de grupos evangélicos como Oficina G3 e Pregador Luo. No octógono além das lutas físicas também aconteceu uma luta espiritual, quando o Pr. Roberto, líder da Rede de Jovens, subiu para pregar sobre o evangelho e conquistar vidas para Jesus.

No final da pregação o pastor realizou uma oração e alguns dos presentes levantaram suas mãos para aceitar a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Quem estava na igreja da Mooca e comentou sobre o evento foi o "apóstolo" Willy Garcia, fundador do ministério. “Muitas pessoas criticam o MMA por ser um esporte violento, mas hoje ele é o esporte do momento e para nós, da igreja, é uma boa oportunidade de fazer evangelismo. Temos pessoas aqui hoje que jamais entrariam em uma igreja”, disse.



O apóstolo citou o lutador de MMA Vitor Belfort que é evangélico, seu testemunho foi transmitido para os presentes durante os intervalos das lutas. “Existem atletas, como Vitor Belfort, que apesar do esporte e do estilo de vida, amam a Jesus (…) Nosso objetivo é ser uma igreja contemporânea e relevante, levando a Palavra de Deus a todos os segmentos da sociedade. O principal objetivo aqui é a luta contra a perdição e a favor da salvação”, completo Garcia.

A relação MMA e Jesus tem levantado muitas polêmicas, enquanto o líder da Vida Nova acredita que é possível que esse esporte e o evangelho convivam sem problemas, outros pastores criticam a luta livre dizendo que é muito violenta e que não agrada a Deus. Até mesmo um jornalista do Lance! questionou o agradecimento que os atletas evangélicos fazem no final das lutas, quando conseguem derrubar seus adversários.

“O sujeito quebra o maxilar do rival, arrasa seu rosto, abre a testa, tira sangue da orelha, faz o adversário dormir e sai comemorando e agradecendo Jesus, dizendo que o mérito foi dele. Por ter apagado o outro? Teve o dedo de Cristo aí?”, escreveu João Carlos Assumpção em sua coluna do jornal Lance!.

Fonte: Gospel Prime
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Pessoalmente, sou fã de esporte de contato, inclusive de lutas. Acompanho, sempre que posso, os eventos do UFC e outros eventos de lutas. nada tenho contra a prática esportiva marcial e discordo daqueles que pensam que lutas incitam a violência. Quem pratica, ou já praticou alguma arte marcial, sabe que seus ensinos incluem a paz, a disciplina pessoal e a formação do caráter.


Apesar disso, não posso concordar que um evento de lutas sendo realizado dentro de um templo evangélico. Entendo isso como um modismo embalado por uma filosofia pragmática para se alcançar o tão almejado crescimento. O templo é o lugar para adoração, comunhão, louvor e reverência. Infelizmente, o neopentecostalismo tem trazido para o seio da Igreja inovações bizarras, desconsiderando princípios elementares do bom senso.

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